Nos dias de hoje, muito se fala sobre a inteligência dos dispositivos. Sendo cada vez mais atual, a palavra “smart” tem vindo a ser incorporada em vários dispositivos que podem ir desde os smartphones aos carros, como dos edifícios às cidades inteligentes.

Neste artigo, ficará a entender um pouco mais sobre como as tecnologias inteligentes estão a transformar a indústria da construção e como estão a desenvolver os edifícios inteligentes necessários para as cidades inteligentes.

O que é um edifício inteligente?

Um edifício inteligente é uma estrutura equipada de materiais e tecnologias inovadoras que permitem que todos os seus sistemas sejam automatizados e autorregulados. Utilizando tecnologias como IoT (Internet of Things ou internet das coisas), uma construção inteligente procura melhorar a usabilidade da estrutura, otimizar a sua eficiência e aumentar a sua segurança e acessibilidade. Tudo isto ao mesmo tempo em que torna o edifício mais sustentável e consciente com o meio ambiente.

Por exemplo, um edifício inteligente controla a temperatura e a iluminação incorporando sensores que permitem otimizar o consumo de energia da estrutura. As informações ou dados recolhidos pelos sensores são interpretados por um software, podendo passar por um processo de manutenção preditiva de acordo com a ocupação do edifício e até as mudanças sazonais, além de demonstrar contas mensais de energia mais baixas devido à redução do consumo energético.

Caracteristicas

  1. Sistemas conectados

Muitos edifícios já possuem tecnologia inteligente nas suas instalações para controlar áreas específicas da estrutura. No entanto, isto não significa que já possam ser reconhecidos como edifícios inteligentes. O próximo passo para alcançar essa distinção é garantir que todos os sistemas estejam integrados e que o software que processa os dados seja bem implementado para maximizar a eficiência do edifício.

Ainda que não seja necessário um sistema centralizado para garantir a funcionalidade de todos os sistemas de forma independente, tê-lo proporciona aos proprietários e gestores de edifícios uma única interface para monitorizar, controlar e identificar ineficiências entre todos os sistemas integrados na plataforma.

  1. Sensores em todo lado

Os sensores são elementos muito importantes quando se trata de construir um edifício inteligente, pois permitem que os sistemas integrados recolham a quantidade de informações necessárias para maximizar a eficiência do edifício. Os responsáveis pelos edifícios podem, assim, tomar decisões mais informadas e alocar os recursos corretamente.

  1. Automatização

Nenhuma parte dos dados recolhidos se perde. Um edifício inteligente está constantemente a recolher informações que precisam ser analisadas pelos sistemas em tempo real. Esta monitorização constante permite que se façam ajustes automáticos que podem controlar e melhorar as condições em todo o edifício.

O objetivo de um edifício inteligente

Não é surpresa que estes avanços estejam a tornar-se mais comuns na indústria da construção. Para reduzir o impacto ambiental do uso de energia dos edifícios, muitas cidades nos Estados Unidos, por exemplo, já exigem que os proprietários de edifícios comerciais divulguem o rendimento sustentável das propriedades. Incluindo modernos sistemas de controlo e técnicas de automatização, os edifícios inteligentes podem:

  • produzir maior poupança de energia;
  • promover a sustentabilidade e proteger o meio ambiente;
  • melhorar a saúde e a segurança dos ocupantes;
  • melhorar a qualidade de vida de quem possa coexistir no edifício.

A tecnologia que existe por trás de um edifício inteligente

Quando se lê sobre como os edifícios inteligentes funcionam, quase sempre existe um acrónimo que chama a atenção: IoT. Mas o que significa e por que é tão importante quando se fala em edifícios inteligentes?

A Internet das Coisas (vulgarmente chamada de IoT) é um conjunto de dispositivos inteligentes habilitados para funcionarem através do acesso à internet e que usam sistemas integrados, como processadores, sensores e hardware de comunicação, para recolher, enviar e actuar sobre os dados que adquirem no espaço onde estão instalados. Aqui, intervenção humana não é 100% necessária, apesar das pessoas serem livres para interagir com o software para configurá-los e aceder aos seus dados a partir de uma ligação à internet desde o smartphone, tablet ou computador. A IoT, combinada com inteligência artificial (IA) e a aprendizagem automática, pode ajudar a recompilação de dados ainda mais eficiente e fácil.

Os benefícios

Além de tornar os edifícios mais eficientes em termos energéticos e que podem ser controlados automaticamente, estes cinco benefícios também devem ser considerados quando se dá início a um projeto de edifício inteligente:

  • Redução do consumo de energia e aumento da eficiência: Com a integração de sensores inteligentes em várias partes de um edifício, o consumo de energia das luzes e dos sistemas de controlo da temperatura, tal como o ar condicionado, pode diminuir significativamente, pois só funcionarão quando for necessário. Isto maximiza a eficiência dos recursos do edifício, elimina a luta pelo termostato nas empresas (muito apreciado, certo?), e reduz tanto as contas de energia elétrica como as emissões de carbono do edifício.
  • Acesso a mais e melhores conhecimentos e visualização com o big data: estes edifícios recolhem grandes quantidades de dados de todo o edifício e em todos os momentos. Com esta informação, as tecnologias inteligentes identificam tendências e descobrem oportunidades de otimização de edifícios, permitindo que os responsáveis tomem decisões corretas e baseadas em dados sobre a estrutura.
  • Manutenção preditiva: os sistemas de um edifício podem ter falhas invisíveis de vez em quando, que podem passar despercebidos e causar grandes inconvenientes no futuro. As tecnologias inteligentes num edifício permitem a detecção desses erros, detalham por que ocorreram e ajudam a priorizar os problemas que precisam ser resolvidos primeiro.
  • Melhor uso do espaço: os edifícios inteligentes são projetados para fazer com que a experiência dos seus ocupantes seja mais agradável e fluida. Especialmente após 2020, estes espaços também consideram como podem cumprir com os regulamentos de saúde e segurança, mantendo a sua rentabilidade.
  • Maior valorização do edifício: um edifício inteligente aumenta o seu valor de mercado quando implementa todas as tecnologias inteligentes corretas.

Ao adaptar as suas estruturas às tecnologias de construção inteligentes, é possível obter conforto e, o mais importante, maior segurança. Evite qualquer risco e instale sensores que controlem o seu edifício, permitindo a sua plena gestão com aumento dos níveis de sustentabilidade.